Noite. Ontem. Vi corriqueiramente uma pequena brasa, que passa despercebida. Transformou-se num guloso incêndio. Lume devastador, consome tudo em sua volta. Cresce. Procria-se.
Contudo, é uma chama incomum. Suas cinzas não são acinzentadas. Toco este paradoxo; esquenta-me sem arder e me desatina sem doer.
Ó incêndio belo, embora grotesco; enorme; apesar de (achar que posso) conseguir controlá-lo: viva agora às custas dessa terra que consomes, pois é melhor do que te impedir de tua própria catástrofe.
Cresça. Procrie-se.
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