Aquele que vos fala

"Eu sou uma pessoa simples...mas de gostos complexos" - Calvin & Hobbes

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Próspero 2011

 Assíduos (ou não ) leitores deste blog. Desejo a todos um ótimo 2011, cheio de realizações, de sonhos cumpridos, de metas atingidas e ultrapassadas, com toda a sinceridade possível.
 Prometo (ou não²) melhoras nas postagens deste, desenhos melhores, e mais bom humor!
 Um ótimo 2011!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

 A todos os morféticos leitores deste blog, obrigado [?] pelo ano que passou, vocês sempre do meu lado :P
Que neste Natal seus desejos tornem-se realidade, que muitos presentes apareçam debaixo de sua árvore e que as festas sejam ótimas!
Segue aí, para "enfeitar" o post, um desenho do Reno ( o cara que me dá aula de desenho, e tá devendo levar a gente no McDonalds :P )

Créditos ao Reno.

Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Vinicius de Moraes
 Num beco escuro, rastejava vagarosamente meus pés, à procura de alguma fonte de luz. O vento sussurrava medos para mim e os escorregões nesse beco, causados pela água no chão, não me amedrontavam e tampouco me admoestavam.
 Num desses passos vacilantes, uma luz fraca, inútil, tremeluzia à minha frente. Nisto, unindo-se ao vento estonteante, uma voz mostrou-se presente.
 "À procura de si mesmo você não está... Está à prcura dela, obviamente, a única que poderá trazer-lhe felicidade. Você está ciente que ela pode estar em qualquer lugar, correto?"
 Nada disse, passando por ele com um ar de indiferença. Tornou a falar.
 "Até onde tua bravata te permite chegar?"
 "Até os confins da terra, creio eu."- respodi secamente.
 Dei mais alguns pesados passos, passando por uma entrada abobadada, pois, contígua a esta entrada, haviam velas que se fizeram acesas e refulgentes, talvez por minha presença apenas; a fé de encontrá-la lá brilhava um clarão talvez maior do que os das chamas destas velas, cuja luz tangenciava aos meus olhos e me cegava.
 Não obstante, ao adentrar aquele recinto, sórdido, guarnecido de gárgulas, serpentes e outros símbolos abtrusos, comecei a afundar em pensamentos, pesados pensamentos! Queria abandonar o lugar, minha mente não era capaz de manter-se sã. Queria acordar, no entanto não dormia. Pedi para Morfeu vir à minha salvação, entretanto simplesmente não ouviu meu pedido de socorro. O que me restou - dica de românticos como Goethe - foi a morte. Peguei uma faca que se apresentava aos meus pés, finquei-a em meu estômago e subi, e faleci.
 Entrementes... ela estava em casa, esperando outro amor, amor maior que o meu.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Nova cantada

 Cantada nova para minha coleção de cantadas ruins. Só por não ter outra coisa para postar. Nota: essa é 100% minha, e poucos entenderão.

"Quer ser a variável da minha equação do primeiro grau? Porque a única resposta é você."

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vídeos Legais [2]



Esse merece tamanho especial! É o titio Ozzy mostrando quem é que manda! Valew tio!
"Quem é essa porra de Justin Bieber?"



Pois é... Nunca achei que seria tãããão difícil...
Mas, pela cara do casal, é evidente que eles estavam felizes. ¬¬.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pertinácia

       E naquela sala em que eu estava, tomada por trevas absolutas, pois a chama da vela de meu castiçal era tênue e bruxuleante, andei dois passos, pisando em algo úmido, como uma poça, mas não tive capacidade de estudá-la a fundo. Outros dois passos dados, tropecei num corpo amorfo, derrubando meu candelabro acima disso. Domado por chamas cálidas, tomou formato de um corpo humano, tornou o ambiente tétrico, engendrou um odor deletério, fez-me vacilar. A refulgência desta fogueira iluminou parte da sala, de modo que pude memorizar vagos detalhes. Isto não durara sequer milésimos de segundo.
        Ao ser retomada a escuridão, iniciou de súbito uma voz de léxico abtruso. Supus que me admoestava. Não obstante, tomado por pirronismo, apenas não dei atenção. Vacilante, fui imiscuído na sombra, absorto e abtruso. Que queria de mim? Não sei, mas dei continuação a esta aviltada aventura.
         Bati a mão num interruptor contíguo ao postigo. Luzes piscaram, tênues, mas de nada adiantou. Atravessei a porta, deste lado, sim, havia iluminação digna. O ambiente, vetusto, dava-me calafrios fastios. Determinei minha desistência assim que examinasse um caixilho repleto de fealdade. Meus últimos atos foram tangê-lo e sentir meus joelhos vacilando.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Desenhos [4]

                                             Capitão Jack Sparrow
                  Infelizmente, houve perda de qualidade... Meus pêsames.
Chega sorrateiramente,
Lôbrega e incontinenti,
Com braços fortes e cálidos,
Lábios grotescos e áridos.
"Da vida à morte, sem sorte."

O meu bofe¹ é percorrido,
Já me deixa estupefato
Fitar o sangue escorrido.
Diz-me o ceifeiro, de fato:
"Da vida à morte, sem sorte."

O que me deixa soturno...
Esse ar tão taciturno!
Os meus olhos já cerrados!
E aquele verso, ecoado:
"Da vida à morte, sem sorte."

De fato não fui sortudo,
Inocente ou pueril;
Demasiado carrancudo,
Pois, já um, nunca fui mil.
"Da vida à morte, sem sorte."
_______________________________

¹ - bofe: pulmão; entranhas.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sou apenas mais um, uma besta imprevisível; gauche em todos os sentidos, em meio a uma jaula de feras tinhosas, monstruosas, grotescas e maléficas; que têm ódio tamanho a ponto de se devorarem impiedosamente.
Sou um grão de areia da praia, apenas um em tantos grãos, cada um com seus defeitos, máscaras, sonhos e dons. Sou sombra na noite, imperceptível a tantos olhos, olhos cegos que me rodeiam, que me odeiam.
Sou um infeliz que não conhece a luz, mas tem sobeja esperança. Sou... mais um destes que se matam?
Enfim... Sou um Pierrot neste imenso circo. E o espetáculo já vai começar!



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Teoria sobre Vinicius de Moraes: A revanche

... Como podem ver, já descobri a verdade.
Segundo meu professor de Literatura, e professor da maioria dos 6 que leem isso (-.-'), é na verdade a opção C. Ele deseja engrandecer o amor.
Só passei pra falar isso. '-'

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O quebrar das ondas musicalizava o ambiente. Aquela ressaca, habitual, puxava qualquer pensamento meu e o afogava. Ventava.
Simplesmente fitava aquele azul imenso; devem ser as lágrimas, lágrimas de Deus, que foram derramadas ao ver o filho na cruz; lágrimas salgadas, amarguradas.
O pôr-do-sol pintava o céu com rajados de laranja e vermelho; um casal de aves voava em direção ao infinito. Aquele horizonte, o indistinguível, mesclava a esperança do céu à melancolia do mar.
E, neste cenário, apenas um ser humano, criaturinha qualquer, sonhava. Queria sentir-se bem. Não era este o plano, afinal?
Com o vento nos cabelos, águas nas costas, brilho avermelhado no olhar. As lágrimas dele misturavam-se às divinas. Cantava.

                                  "Quando olhávamos juntos,
                                    Na mesma direção...
                                    Ah, onde está você agora
                                    Além de aqui, dentro de mim?"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"De que adianta minha felicidade ser baseada em tua felicidade se você não é feliz?"
Serei tua fortaleza impenetrável, teu amante renegado, teu defensor poderoso. Serei seguidor de teus traços, que remontam uma poesia Serei um guardião indefectível, o palhaço de um grande espetáculo circense.
Com tantas faces irregulares, peço-te somente que seja apenas uma: minha.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Liberdade

Nuvem que "nuva" no céu!
Queria ser como tu!
                            Voa sem rumo
Voa quando quer
                            Voa na leveza
Voa pra cá
                            Voa pra lá
Se magoada:
       C
       H  
       O
       V
       E
chuvas chuvosas, chuviscos, chuvas
águas aguadas, guardadas
pra este aguaceiro
....
E torna à candidez.

Poeminha do Contra

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

sábado, 30 de outubro de 2010

Teoria sobre Vinicius de Moraes

Tá aí, pra quem não entrava aqui mais, um motivo nem tão interessante. Uma teoria que pensei na aula sobre Antologia Poética.

Ao assistir a aula sobre Antologia Poética, descobri duas oposições:

1-) Soneto da Separação* X Soneto de Fidelidade
Segundo o Prof. Laudemir, o 1° soneto propõe que, caso seja dada atenção demais ao amor, este será banalizado. No entanto, segundo o Soneto de Fidelidade, o amor deve ser vivido, deve ser amado " em cada vão momento " para que realmente seja amor.

2-) Soneto de Fidelidade X "Eu sei que vou te amar"
No soneto, é expresso que o amor, já que é chama, não pode ser imortal. Já na música, "Por toda a minha vida eu vou te amar" confirma que o amor é sim imortal.

Pela composição das oposições acima, temos 3 possibilidades:
A ( menos provável ) - Ele simplesmente se enganou.
B ( provável ) - O momento da vida, os acontecimentos que o cercavam e etc. o fizeram alterar a própria opinião.
C ( provável ) - Baseando-se que, entre 3 poemas, 2 sejam sonetos ( sonetos costumam tratar de oposições ), seu estilo "herdado" de Camões e o fato de tratar de amor: essas 2 contradições servem apenas para mostrar a própria grandeza do amor.

Pesquisarei mais afundo e trarei a resposta.

*Soneto da Separação: não tenho certeza que fora este que o Laudemir comentou sobre a "banalização", se não o for, é o Soneto do Amor Maior.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vídeos Legais [1]



Infelizmente sendo um fake, o vídeo apresenta Justin Bieber como um pedófilo, onde é preso por policiais norte-americanos. Pra quem tem Twitter, RT, twit, nao sei o que com o seguinte tag: #justinbieberpedofilo


Hollerado- Americanarama
Uma música com um clipe admirável. Inclui até homenagens a Guitar Hero e Space Invaders.

domingo, 3 de outubro de 2010

Podridão...

Ao meu redor, noto a sua existência, que tende a crescer em relações "afetivas" baseadas em ódio recíproco. Ciúmes, inveja, angústia e outros desacertos; todos estes me rodeiam e me torturam.
E sinto esse pecado me dilacerando, devorando, necrosando meus músculos e pensamentos, gangrenando até mesmo o mais nobre dos sentimentos. Sinto-me derrotado, destinado à ilha perdida, por simplesmente receber essa putrefada "atividade".
Mas não. Deixai-me te salvar de qualquer malevolência mundana, mesmo que este que te fala seja consumido por trevas diabólicas. Deixai-me ser teu. Deixa-te ser minha.
E... ao fim de tudo isso, quiçá um raio de sol pode brilhar, afinal.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Drawing's story

Accept this present...It's
From deep inside of my heart.
It's simple, but it hits
The maximum skill of my art.

I am not probably the best
Option, but just think about!
Disregard, please, the whole "rest"
And hear my shout!

You awakened in me inspiration
You brought to me happiness
I'll not fall into temptation
Of sins, even when in loneliness.

The love I feel is far too bright
I know, and I must bravely declare
'Cause it's obviously the right
Thing to do, so prepare!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Autopsicografia

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Amor Platônico

Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível
E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer
Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
O menino solitário que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por querê-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-la
Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final
No final
No final
Legião Urbana

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desenhos [3]

Ta aí, cambada. Demorei, mas fiz '-'

                                                                              Morte

Não que ela seja assim. Não acho que seja assim, acho que é o oposto. Caso soubéssemos como seria a morte, seria fácil evitá-la. Por isso ela se tranfigura.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Escrever??

 Não gosto de ser forçado a escrever. Prefiro escrever quando a vontade bater. Gosto de escrever quando a inspiração vier, e não quando alguém "escreva" disser. Gosto de escrever pra me expressar, gosto de escrever para o tempo passar. Gosto de escrever pra lembrar do momento, gosto de escrever para criar um memento. Gosto de escrever por vontade, e não apenas por simples vaidade. Gosto de anotar e lembrar, para a minha sanidade eu não matar. Gosto de escrever para os vários dementes, que quando leem dizem "sim, ele mente." Gosto de escrever para você, e também escrevo para quem não me vê.
 Se gosto de escrever? Acho que sim...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Primástico. Tuas centenas de faces são invisíveis à maioria dos mortais. Tão obscuro, a maior parte das pessoas vê apenas uma face - a que mais lhes agrada. No entanto, cá estou eu, compondo por outro ângulo.
Acho que tu és algo interminado. Que Deus, assim como a nomenclatura dos animais, descrita em Gênesis, deu-nos para te singularizar. Deu a todos os "racionais" essa percepção, para que a descrevessem a partir do que sentiam, ou do que desejavam, ou do que queriam para ti.
Paradoxal é teu maior atributo, e único realmente descritível.
Todos falam de ti, todos compõe para ti. E, contudo, ninguém vê tua beleza, ninguém vê tua grandeza.
Ninguém vê como eu vejo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Vazio

Depósito estranho. Parece nunca ter sido usado, conquanto já está em pedaços. Seus habitantes, simplesmente, são poeiras e migalhas tentando reconstituir a grandiosidade passada.
Já fora Arcádia, o Paraíso. Se não chegou a ser, teve uma semelhança imponente. Cantos que, no entanto, têm apenas algumas teias de aranha. Estas, todavia, já abandonaram o local há tempos. Deixaram de apoderar-se dos objetos que esparramavam-se lá. Não havia alimento. A luz não teve uma jornada por aquelas partes.
Grande, espaçoso, lar de obras diferentes, embora todas tivessem um gosto semelhante. Indubtitavelmente, lá não se trata de Arcádia. Já está um tanto... vazio.
Pois é, seus morféticos. Volto depois de tentar agradar vocês com um simples desenho mal scaneado.
Prometo não demorar tanto pra postar mais. Mas não ando pensando, não ando vivendo. Apenas fazendo provas '-' .

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Desenhos [2]

Ladrão




Acredito eu que começarei a postar algum desenho novo toda vez que este estiver finalizado.
Próximo desenho: "Morte", aquarela no canson.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

E veio.
E como uma sombra ao sol, tornou-se perceptível, forte. E aquela sensação percorreu-me por toda a espinha.
Seus abraços eram dolorosos. Seu grunhido; ensurdecedor. Aumentava a inquietação. Eu, sem a capacidade de esboçar alguma reação, apenas contemplei-o.
E parecia devorar-me por dentro. Ânsias de vômito trespassavam minha garganta, da qual som tornou-se impossível de gerar. Pude sentir a morte, ceifando qualquer lânguido resquício de vida.
Dava sinais de fuga, apesar de serem apenas para pregar peças em mim. Não queria se afastar; o medo que eu tinha serviu de alimento para esta fera. Incomodamente, à proporção que o medo era devorado, mais era criado, numa quantidade um tanto quanto avassaladora.
Aquilo corrompeu o corpo e a alma.
Dói...Dói...
Dói?
Não...Não dói...

sábado, 7 de agosto de 2010

Vitória...?

            Oh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
            Belezas do Éden compõe sua cor
            Flor, em ímpios pecados não perdura
            E dos maus retira o ódio e a dor

            Embora é na guerra inútil doçura
            Perdão que existe não vê essa flor
            Ferida, cedeu-se toda à loucura
            Alienada, louca, diz ser o amor

            Entregada enfim, é ré da vingança,
            Agredida por um brutal canalha
            Cujo fim virá na morte da mansa

            Mirar no amor, na garganta a navalha!
            Os vivos já embriagados de dança
            Perde-se a vida, ganha-se a batalha!



[Nota: os versos 1 e 14 são pertencentes ao capítulo LV da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis.]

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vingança

Discutindo com uma amiga minha, cheguei à conclusão de que a vingança é vista, pela maioria dos mortais, como um meio de satisfação.
É verdade que esta arma sem escrúpulos seja o caminho da felicidade? É verdade que é pulsante, vermelha e quente? No entanto... pulsante, vermelho e quente não é nada mais nada menos que o amor?
Não. Um sentimento tão comum, tão baixo e tão nosso não pode ser comparado com o amor. Santo amor, divino amor.
Não vejo motivos de vingança. Não consigo (ou melhor: tento não conseguir) apegar-me de tamanho ódio a ponto disso. Vingança... Espero não desejá-la. E admiro aquele capaz de perdoar, pois consegue desfazer-se dos instintos mundanos a ponto disso.

"Não há melhor vingança que o perdão" - Não sei de quem é. Se alguém souber, me avise para os devidos créditos.
Após o tédio existencial de 720 horas, que lembra muito um confinamento, noto que aparenta ter passado mais rápido do que realmente é. Que venha o cansaço miserável que chamam de Escola. Pois eu preciso mesmo "desatrofiar" o pouco que sobra de meu cérebro...
A todos os pseudópodes parasitas que leem isso, uma boa volta as aulas. Ou não.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Dreaming

Your lips I never kissed
Your hugs aren't for me
Some dreams that I never lived
You're... not mine, I see

When I close these eyes
It's your image that comes
But it's not true, they're lies
Your heart is not my home

I think I've failed you
Somewhere I can't see
Wasn't I there too?
Please, forgive me

I just wait for you
And think in we together
If it just don't come true
I'll keep waiting... forever.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Desenhos [1]


Baseada numa "Celestrian" (Dragon Quest IX)












Pelo simples fato de não atualizar o blog há algum tempo, me disseram para postar alguns desenhos... '-'

Lobisomem
















Quem gostou, obrigado. Quem não gostou, tomara que morra crucificado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um guarda-roupas antigo descansava praticamente cosido à parede; feito de cerejeira. Milhares de detalhes compunham a sua existência. Mofo nos vértices dessa obra-prima; o mau-cheiro não agradava o olfato.
A porta era feita de cerejeira também. Bela; contudo a madeira já estava pútrida da água que infiltrava pela parede. Suas dobradiças gemiam um grito de agonia; sua maçaneta já estava com aparência velha, desgastada, enferrujada.
A janela não era aberta há muito tempo, pois nunca adentrou um pincel de luz por ela, e dava para um fundo sem vida.
A cama... grande, de casal, requintada... no entanto apenas um dos lados era aquecido todas as noites.
O senhor que ali vivia, como era já aposentado, vivia rotinas em semanas que pareciam fins. Levanta-se, fervia a água, jogava o saquinho de chá, tomava. Escovava os dentes, sentava no alpendre de seu lar. E por horas mantia-se ali.
Ninguém lembrava-se dele, fato comprovado por sua caixa de correio, vazia, com teias por todos os lados. Ele era um exímio espião: sabia de tudo de todos da vizinhança, enquanto estes nem se davam por sua presença.
Um dia, uma doença o acometeu e o botou na cama; assemelhava-se mais a uma maldição. Nesta situação, ensandeceu.
Em seus delírios, insanidades e afins, sonhava que seus vizinhos checavam o estado dele. Que a falecida esposa o trazia uma canja diariamente. Mas...nem um vulto. Nada nem ninguém reparava em seu estado. Finalmente, o último suspiro foi dado.
E, ao chegar ao outro lado, viu sua esposa e... apaixonou-se novamente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

David & Golias

"Era uma vez um gigante imperador, nomeado de Golias. Este soberano era grandioso, amável, venerável, no entanto vulnerável.
A partir de uma desconfiança nasceu David. No contexto de deterioração, cresceu. E superou Golias em tamanho.
David, ao encontrar com Golias, destronou-o e destruiu-o por completo, instaurando uma monarquia de tristeza, sofrimento e massacres."

Aventura

Resolvo escrever sobre um tema ainda não explorado por estas bandas... os ciúmes.
Sentimento fraco, supra-sumo da podridão, pois há algo mais desnecessário e insignificante do que uma maldição capaz de derrubar até mesmo o gigante Amor? Afinal... Amor é confiança.
[Nota: não confundir ciúmes com amor próprio. Uma coisa é achar, outra coisa é ver.]
Apesar de que... nunca tive uma aventura por estas trilhas, posso ter me enganado.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Paradoxo

Noite. Ontem. Vi corriqueiramente uma pequena brasa, que passa despercebida. Transformou-se num guloso incêndio. Lume devastador, consome tudo em sua volta. Cresce. Procria-se.
Contudo, é uma chama incomum. Suas cinzas não são acinzentadas. Toco este paradoxo; esquenta-me sem arder e me desatina sem doer.
Ó incêndio belo, embora grotesco; enorme; apesar de (achar que posso) conseguir controlá-lo: viva agora às custas dessa terra que consomes, pois é melhor do que te impedir de tua própria catástrofe.
Cresça. Procrie-se.

domingo, 11 de julho de 2010

Insônia

Insônia. Olho atentamente, submerso em trevas, a parede ao lado de minha cama. Penso em você.
Imagino com um certo desejo você envolta em meus braços, e eu envolto em teu braços.
Mesmo praticamente cegos, fitando um ao outro, sorrisos na boca, antes de adormecermos trocamos palavras em uníssono: "Eu te amo."
O sono não chega, simplesmente por pensar em você, em planos mirabolantes, em você, em desenhos meus, em você, no que escrever, em você.
Despistei qualquer nesga de sentimento sobre isso. Nunca saberás enquanto eu não permitir. Ou melhor.
Enquanto ele não permitir.
Quem sabe.

"Talvez"

"Dê-me suas mãos." - indagou.
Fitou-as. Mãos pequenas, dedos finos. Examinava atentamene seus tênues detalhes. Seu aroma doce agradava a boca.
Desejava simples e puramente... ela. Mas sabia que este feito era intangível. Desde sempre, nunca sua.
Mundo cruel, abatendo toda e qualquer gotícula de esperança.
"Seja minha." - pediu.
Um simples sim faria-o vitorioso; um robusto não faria-o robusto. Sim... ou não.
"Eu não sei... hmm...talvez."
Fora suficiente para padecer em sua cama e ligar o videogame.

sábado, 10 de julho de 2010

Terra

Amor ? Amor não.
Terra.
Fria. Úmida. Terra !
Quente. Seca. Terra !
Andas sobre ela, logo estarás envolvido em seus fortes e numerosos braços.
Moradia dos vermes; seguem revolvendo-a.
Agitação. Correndo fugazes, cortando a ela e aos restos mundanos, os traços, as memórias que aqui ficaram.
Terra !
Solene, certeza de constância. O que seria de nós, se não houvesse terra ?  Não teríamos onde ficar, não teríamos pra onde ir. Não teríamos nenhuma noção sobre os primórdios.
Pó. Poeira. Terra, terra.
Terra salgada, banhada de lágrimas. Desgastada, pisada. Esquecida. Ignorada.
Determinada a abranger o planeta com suas frívolas e levianas criaturas.
Remexendo-a verás teu passado; revolvendo-a encontrarás teu futuro.



Nicole Nicolela
http://hilarious-pov.blogspot.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Alphonsus de Guimaraens

Tic... tac... tic... tac...
Fito desde algum tempo um relógio empoeirado, fabricado há umas 16 primaveras. Seu ar de mediocridade me enoja. Constante quanto à aparência desde sua criação. Encaro-o com olhar de reprovação. Segundos tenebrosos passam, contudo não há real mudança. Os ponteiros sequer se mexem.
Ao longo de sua existência patética, baterias não possuiu, necessárias para seu funcionamento. Unânimes quanto à indiferença. Por mais que quisesse mostrar os segundos, forças para isso não tinha.
Relógio infeliz; tende a ser esquecido.
As pulseiras mudaram desde sua produção. Apesar disso, não importando quão belo se tornasse, nunca foram lhe dadas baterias. Nunca teve uma real chance de marcar o tempo.
Tornar-se-á apenas mais um relógio. Mas de que adianta, já que não pode fazer...
... Tic... tac... tic... tac... ...?

Copa do Mundo 2014

Como todos sabemos, o Brasil sediará a Copa do Mundo FIFA 2014 (isso se o mundo não terminar em 2012). Então, foi criado, como sempre, um logotipo da copa, algo para representá-la tanto para o momento quanto para o futuro. Eis aqui o logotipo:

Então. Olhem atentamente para o logotipo. No que vocês acham que foi baseado.

E se... nós pintarmos com outras cores?

Teremos, então:

Não dá uma sensação de semelhança? Mas semelhança com o que, afinal?
Com isso:

Sim, isso mesmo, Chico Xavier!
Me digam. Isso lá é coisa para se basear num emblema para a Copa do Mundo?

Só pus isso aqui por não ter mais nada para pôr.

Historinha do titio Melécio

"Tinha um passarinho, migrando atrasado. Estava frio, cortante, congelante. Ele voava, voava... Quando tornou sua cabeça para o lado, percebera que em suas asas estava fazendo-se gelo! Suas asas estavam congelando!
Ele, então, disse (não que passarinho fale, mas a história é dele): "Agora f****. Eu estou tentando ir a um lugar mais quente, e agora isso. É meu fim."
Começou a perder altitude. Nisso, pousou num estábulo. No instante exato de pouso, veio uma vaca e, literalmente, colocou-o na merda.
Pensou consigo mesmo: "Que legal! Eu vou morrer, e como se não bastasse, vem uma vaca e faz isso!"
Entretanto, o pequeno passarinho notou que as asas estavam descongelando, pois o "estrume" estava quentinho. E, feliz da vida por poder continuar vivo, iniciou uma cantoria.
Um gato, que estava pelos arredores, ouviu a cantoria, entrou no estábulo, pegou o passarinho, (limpou um pouco) e comeu."

Morais da história:
-Por pior que as coisas estejam, sempre tem uma saída.
-Não é porque te colocou na merda que quer o seu mal.
-Não é porque te tirou da merda que quer o seu bem.
-Se você tá na merda, num canta, PORRA!

Melécio Júnior
http://tocadosuricatte.blogspot.com/

Intuito

... Descobri o real intuito deste blog...
Sabe quando você põe-se a filosofar, discutindo consigo mesmo, e inventa, disserta, expõe, descobre? E sabe quando você resolve postar esse pensamento em algum lugar para que todos possam ver? Pois bem, é o meu caso. Tenham um ótimo dia.

Instruções

1. Pegue o livro mais próximo de você;
2. Abra o livro na página 23;
3. Ache a quinta frase;
4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.



"Deus recebe em ouro, Satanás em papel." - Dom Casmurro, Machado de Assis

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Olá!

Sim. Olá. Você que está sem o que fazer a ponto de estar lendo isso seja bem-vindo. Inicio hoje meu blog. Não sei sobre o que falar. Será, como a própria descrição diz, meu bloquinho de anotações. Não sei por que cargas d'água resolvi criar isso, mas está aí, prontinho para ignorar ler. Bem, senhores, aí está. Obrigado.